sábado, 8 de setembro de 2012


"A classe dominante nunca será capaz de resolver a crise. Ela é a crise!” 
Rob Riemen (Filósofo e escritor holandês)

"Creio que chegou a altura de estabelecer algumas roturas com este caminho", Para Sampaio da Nóvoa, "chegou a altura de conseguir lidar de outra maneira" com a crise, dando o reitor Adriano Moreira como exemplo de "pensar de outra maneira" na crise europeia e portuguesa.
"Os portugueses precisam de encontrar novas formas de se organizarem do ponto vista político, da cidadania, e da resposta à crise que não pode ser feita apenas com resignação e demissão cidadã", defendeu (jornal i a 07.09.2012)

Sairmos à rua juntos numa marcha pacífica no dia 15 de Setembro pelo menos terá o efeito de mostrar o descontentamento colectivo real e não apenas no sofá,nas redes sociais.

Precisamos de trocar ideias sobre um novo paradigma de sociedade para Portugal e para o Euro e pedir responsabilidades a quem nos trouxe a esta encruzilhada que começou com:

-a entrada no Euro sem uma arquitectura adequada às economias de cada um dos países
-o rebentamento da actividade produtiva (agricultura,fábricas,pesca) fruto da concessão do nosso país a quem nos desse mais euros para auto-estradas e formação profissional (montes no alentejo e jeeps)
-Corrupção, jogos de poder político e de interesses económicos
-Jobs for the boys
-despesismo excessivo e descontrolado do Estado com os milhões que iam entrando fruto do deslumbramento dos novos ricos/classe politica governante (a factura está a ser cobrada e disso nos avisou Álvaro Cunhal)
-campanhas de marketing abusivas, manipuladoras e falsas para vender dinheiro, ou sonhos
-capitalismo desregulado e desregrado
-total omissão/demissão das Instituições Democráticas Portuguesas (Justiça e Banco de Portugal) em proteger os cidadãos
-Desrespeito pela Constituição por parte de todos os actores desta tragi-comédia em que se tornou Portugal

Eis que de repente se junta a falência do casino em que se tornou o dinheiro/capitalismo global nos EUA e fez ruir pela base todos os países construídos sobre areia. Nós cidadãos fomos chamados a cobrir a dívida especulativa. Nem sabemos para onde foi parar o dinheiro,nem quanto, nem como, nem porque. Pagamos e continuamos a pagar.
Porquê? Porque nos demitimos de construir pensamento critico. Estávamos ocupados a realizar os nossos pequenos sonhos individuais.

Não tínhamos fundações e para isso contribuíram todos os engenheiros, doutores responsáveis pela governação e naturalmente fomos engolidos pelo tsunami. Agora a nossa arca está à deriva, sem gps,sem timoneiro,a navegar segundo o marulhar.

Pare-se de dizer que os portugueses não fazem nada. Ainda vamos acreditar nesta declaração.O medo afasta as pessoas da mudança necessária e de se envolver nas transformações. Já há muita gente a pensar "fora da caixa". Vem também e traz mais cinco.


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