quarta-feira, 13 de março de 2013

Há fumo branco para a revolução


Quero bater o Gaspar e acertar uma previsão!

Quero fazer uma previsão sem cartas de tarot nem folhas excel, antes do dia do esgotamento final.
Após o diagnóstico deste paciente (nós enquanto grupo social) de doença terminal, prognostico uma terapia de choque em democracia e a extirpação por carga viral de cidadania.

Aguentar aguentamos mas acho que só até ao dia em que “os” fechemos num esgoto sem murais pintados pelo Miguel. O Angelo.
O outro lá por ter dado uma pincelada num papel pardo da mercearia não teve equivalência a artista. Ainda.
Fechados conclave. E a chave largada no espaço. Merecem.

Porque o dia do esgotamento final deve andar por perto. O dia de não aguentar mais está a chegar para muitos. O dia de mais uma vida devastada chega todos os dias e já não queremos aguentar mais.

Estamos infelizes, desajustados, deprimidos e perdemos a bússola. Fecham-nos o cerco. A todos. Parece um comboio com destino final numa paragem com um portão só de entrada.

Mal consigo digerir as noticias que leio, vindas da terra que me deu nacionalidade. E das aliadas estrelas azuis da bandeira que as une.
Fazem mal até àqueles que não sofrem do fígado.

Já nem me apetece brincar, tal é a gravidade. Eu também não estou a salvo, ninguém está. Não há salva-vidas para todos. Por displicência e por premeditação estamos à nossa sorte.

No entanto, o planeta passa bem sem nós. Existe há mais anos que nós raça homo, que nem por isso mostra o seu sapiens com a maturidade, sobretudo no momento mais importante da sua história moderna.

Basta que esta bola pendurada no espaço sideral e que talvez por divertimento gira em volta da sua estrela, se abane ao som de uma vuvuzela para que os políticos que temos em Portugal e na Europa em particular no Parlamento Europeu (a começar no seu presidente) sejam deslocalizados para participarem como voluntários obrigados nos testes nucleares na Coreia do Norte.

Ou como diz a anedota, pode haver deslocamento de órgãos: os nossos cérebros irem parar ao…c.. de espaço.
Os dinossauros também foram extintos e o planeta cá continua. Imagine-se se precisa de sapiens com a nossa classe!

Já não há condições para os aguentarmos mais. Ninguém os merece não é?
Se eu fosse amiga desta gente não lhes desejava amigos como eles próprios para si próprios entendem-me?

Já está tudo dito, como opiniões, comentários, e visões venham de onde vierem, incluindo a minha.
Está tudo visto, como experiências sociais, financeiras, económicas.
Já está tudo “ouvisto”, como opiniões, comentários e visões, venham de onde vierem, em particular dos indigestos que decidiram que precisamos de aguentar.

Não precisamos que mais sapiens com sapiência de vão de escada a dizer que medidas precisam para aumentar os sem-abrigo (a cada dia que passa mais e mais) em Portugal ou nos países da EU.

Fez-me bem ler que há por aí um manifesto de cidadãos a praticar a arte da cidadania e da política, em favor da democracia e da transparência. Seja lá o que isso for hoje, faz-me acreditar que é possível que o eixo das nossas vidas venha a ser reequilibrado.

Quer dizer que o paciente doente deu um sinal de resposta aos (maus) estímulos. Está vivo.

Quero muito acreditar que o povo da grande Europa tenha consciência do poder que tem para parar de imediato esta purga que nos suga (ou, subtrai com fraude, segundo os dicionários) a vitalidade e com ela a vida.

Esgotados que estamos, pare-se o país, pare-se a Europa. Pare-se o mundo. Pare-se o planeta.
Use-se o conhecimento que temos do mundo e do nosso lugar cá. A nossa integração e evolução dependem desta nossa capacidade.

Rasgue-se este modelo e comecemos outro baseado nas pessoas. Ingénuo? Talvez. Então morrerei ingénua.

Pensava que a Opera podia vir a ser Papa mas falhei na previsão. 1 a 0 para o Gaspar.

Mas vou continuar a acreditar e a prever que a nossa saída passa obrigatoriamente por um modelo político de cidadãos para cidadãos.

E acredito que vou ganhar ao Gaspar em matéria de previsões.

Entretanto vou tomar um chá de limão com coentros
e uma pitada de carqueja para limpar as dores do fígado.

Com o Deus Maradona, o Jesus Messi, o toque de tango como novos Papas, desejo-vos muita paz com muita rebeldia.


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