segunda-feira, 22 de abril de 2013

Gang Miguel Style


Max Weber, apresentou o poder “como sendo toda a probabilidade de impor a própria vontade numa relação social, não obstante qualquer resistência e independentemente do fundamento dessa probabilidade.”

Fui alavancada pelo empreendedor com style do Gang Miguel para escrever estas linhas. Ele acha-se com poder. 
Deram-lho!
É a doença deste país. Todos se acham com poder.

Miguel afilhado do outro, tu que andas por esse país a alavancar carreiras e a espalhar a boa nova com a almofada de dinheiros comunitários e apoio governamental do padrinho, que julgo até hoje mesmo que não presencial, ainda é a eminência parda do regime, deixaste-me comovida.

Sobretudo por já terem falado mal de ti o que deixou a tua mãe em lágrimas.
Como sou mãe estou solidária.
Se um dia falarem mal do meu filho, não ficarei apenas nas lágrimas, vou-lhes às fuças. De alguém que há-de ser filho de alguém e vou deixar mais uma mãe desconsolada.
Se antes, não te for às tuas. Mas apetece-me ir de outra maneira. A soltar o verbo.

Então deixas que falem mal de ti quando tu só queres o bem dos outros segundo dizes na tua entrevista?

Vives para transmitir essas alavancas e almofadas e mais palavras do teu acordo com a linguagem do desenvolvimentês e sabes o que fazes?
Em vez de motivês estás a insultar quem trabalha muito e ganha o ordenado mínimo.
Aqueles que saem de casa muito cedo e voltam muito tarde e nem atenção dão às famílias, porque a grande preocupação é trazer hamburgers do Lidl, porque não dá para mais.
Insultas aqueles que diariamente batem a portas e falam com montes de gente, a humilharem-se quantas vezes, por um trabalho qualquer, independente das qualificações.
Insultas os jovens que eu conheço e são muitos, que trabalham sem horários e às vezes com dinheiro dos pais para a gasosa ou passe, porque apenas querem…trabalhar.

Insultas quem não nasceu com o dom da palavra para endrominar como o é a tua.
Insultas as pessoas como eu, da minha geração, que aos 48 já não têm trabalho e mais grave que tudo: não o encontram, porque não há.
E emigram perdendo o que construíram nas suas vidas em família e com os seus amigos. Como eu.
Não existe trabalho ou emprego o que quiseres, entendes cromagnon?

Não é demagogia  estúpido, é a realidade. É o crime premeditado em que vivemos ou o erro do excel. Lê, vai estudar, informa-te, fala com pessoas que saibam mais do que tu (não estou a falar do teu padrinho, estou mesmo a falar daqueles que sabem!) e olha à tua volta antes de lançares a tua arrogância para a praça.

Até achava graça ao teu espirito, mas quando perdeste a noção da humildade, e te achas o máximo, perco a paciência, como tu com os que não querem ou não sabem trabalhar.

Só ao tabefe! Desce do teu pedestal e apanha o comboio para Berlim. Agora tudo está a florir por lá.
Quando não há dinheiro não se consome e sem consumo a economia não funciona. Sobretudo quando nada se produz. Como tu! Nada produzes.
Isto é a economia estúpido!

Tenho muitas coisas mais para te dizer, mas não vou gastar palavras e dar-te atenção em demasia. Ouvi dizer que a Merkel agora quer para si a soberania das nações.
Manda-lhe o teu CV. Ou antes vai ser empreendedor para o clube dela. Fazes-lhe o tipo certamente. E ela dá-te nacionalidade, já que estamos a perder a nossa.

Mito não são as pessoas que não querem ou não sabem trabalhar. Essas, deixa-as. Fazem o que querem. Estão onde querem.
Respeita os outros, tu menino, a quem faltou chá em pequenino.
Por solidariedade com a tua mãe, não, este não é um insulto.
Compreendo que nem todos possam empreender a viagem da educação. Que é a mais bonita de todas e incompreensível para ti.

Mito é o teu espelho que te diz que és fantástico.
E, como o da branca de neve, um dia vai-se partir.
É o que a vida ensina aos arrogantes.

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