sábado, 12 de outubro de 2013

Estou muito aborrecida pá

“O Norte que trabalha e o sul irresponsável e esbanjador”


Democracia nada mais é hoje, que um slogan. E a desinformação vai ficando com o testemunho de barreira em barreira.
Enquanto no norte mandarem os seus cidadãos visitarem os seus impostos a sul do continente, vou continuar a blasfemar. 
Al(l)a(h) que se faz tarde para uma intifada.

Malala a activista de 16 anos pela educação no seu país Paquistão e candidata ao Nobel da Paz a par com Mujica, presidente do Uruguay, são verdadeiras referências contra os meus instintos de pegar em “sapatos” contra estes violentos manipuladores e ficar igual a eles, segundo Malala.
Peço desculpa a Alfred Nobel por terem desvirtuado a nobreza do prémio que hoje cheira a “química” de interesses.
Por isso Nobel hoje não merece Malala nem Mujica. Sem a dinamite da virtude.
Peço desculpa, mas não sou grandiosa de sentimentos como o padre Francisco com o dom do perdão cristão.
Também sei que as gerações que andaram ao tabefe se deram mal. Foram engolidas e compradas pelo sistema.

Para quê fazer programas de tv “survivor”, se nós somos o melhor reality show, sem precisarmos de voltar para casa no final?
Aqueles que saíram sobrevivem e nem voltam. Porque não nos precisam.
Porque a parte que manda no todo quer esta parte fora da parte que obedece e segue. 
Não os quer a fazer algo de bom como apoiar a democracia, a cidadania, a educação, as boas práticas de vida em e para um novo paradigma.

A nova força de bloqueio tanto para o FMI como para os charmosos governantes, que é o Tribunal Constitucional, que não os deixa trabalhar na solução final, provam que a demo passou a ser um demo e a kratos um erro krasso (nem falo sequer no outro com nome onomatopeico).

Espremer, sugar e exportar são os verbos mais queridos da parte que manda no todo.

Espremer tudo o que têm os pobres que pagam tudo, sugar a energia vital dos pobres que pouco reclamam e já se abandonaram nos braços do polvo que suga e, exportar às mãos cheias gente qualificada formada com o esforço de todos.

(Exportava grátis para os mercados de uma qualquer nacionalidade, os que gostam da praxis de praxes humilhantes contra os seus semelhantes, sejam elas quais forem).

Como a Malala depois de levar um tiro na cabeça pelos Tali (bans) perdeu o medo, eu já fui atingida no meu centro e identifico-me com ela num aspecto fundamental.
Não tenho medo. É uma decisão irrevogável.
Devo ter caído na poção mágica quando lia o Astérix.
Ou batido tão-somente com a cabeça, no penico de ferro da minha avó.
Ou andei a fumar ganzas com koalas.
Resta-me a intifada das palavras enquanto não a puder praticar com pés e punhos.



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