quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Ocean´s 5 – A agenda do roubo




Na espuma dos nossos dias,

Eis que silenciam metodicamente os que podem dar com a língua nos dentes.

Diz Luis Fernando Veríssimo sobre o povo brasileiro: «Incrível, realmente incrível, é o brasileiro que leva uma vida decente mesmo que tudo à sua volta o chame para o desespero e a desforra».
Eu substituiria povo brasileiro por povo global.

Se estivesse a ler um policial da Christie sabia que Poirot resolveria este mistério. Se estivesse a ler Highsmith, sabia que Ripley, talentoso como ele, conseguiria mais uma vez, safar-se com o crime e ver a sua fortuna aumentada. 

Não, não estou a falar de mais um livro, estou mesmo a pensar na realidade. A ler o que apreendo de várias pessoas que estão a ligar os pontos como num conto policial.
A realidade é a arte maior na criação de histórias que superam a ficção. 

Tijolo a tijolo se constrói o cenário e retrato a retrato se formula a história do maior roubo da História da Humanidade. 

Uma história de gangsters e banksters que usam o mundo para perpetrarem sem qualquer vergonha o grande crime de todos os tempos.
Para que este crime tenha sucesso e se concretize, qualquer tentativa para o desmascarar deve ser eliminada. Elementar, meus caros!
Silenciamento metódico de personagens que podem colocar em risco o projecto final. 

São os pontos desta equação nas figuras dos homens ligados às Instituições financeiras que nos comandam a vida, que estão a ser eliminados quais personagens de uma história de ficção. 

Dan Brown não terá pensado neste argumento, mas ainda vai a tempo de criar mais um best seller.
Com a minha fértil imaginação dou umas dicas ao D.Brown: Existe uma agenda própria com um plano elaborado pelos Big five aqui nesta selva (Reserva Federal, Corporações, Governos mundiais, Instituições Financeiras, Media). 

No mundo financeiro desregulado e antes sim, de facilitação e cooperação entre os animais da selva, há 7 biliões de espectadores menos 1%, que vive na ilusão criada pelo cenário dos magos.
A ilusão do “desenvolvimento” e da criação de riqueza com base na produção/trabalho escravo e total dependência do dinheiro.

Passemos ao palco: para que a magia seja perfeita, o ilusionista precisa do tempo certo para colocar todos os adereços no local exacto e com eles criar o efeito desejado. Nada pode distrair o espectador e a precisão é a chave para o sucesso. Até num roubo à escala mundial.

Esta é a magia para realizar o maior roubo da história da Humanidade (a todos os que possuem bens e dinheiro) por aqueles que deixamos que sejam as primas-donnas deste enredo: os ladrões no poder.

Num momento de loucura pessoal imagino Adolfo e Josef a rirem-se a ver a repetição da perversidade deste momento histórico e dos continuados e profundos desequilíbrios, imoralidades e ganância.

E tu espectador 5.965432 ainda estás sonâmbulo e alienado desta novela que passa em horário nobre?
Somos seres criativos, inteligentes, somos movidos a desafios e estamos todos ligados. Podemos criar alternativas para estragar o número aos “magos”.

Há uma linha fina que separa ficção de realidade. Que separa a vida na prisão, da vida em liberdade fora das actuais grades.
A escolha sobre o lado em que queremos estar pertence-nos.

Até ao momento certo para ocorrer a magia, a novela continua…num banco, num governo e num média perto de si.

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