quarta-feira, 18 de junho de 2014

50 anos

Sou hoje uma versão diferente comparada com o dia de ontem. Amanhã serei mais completa.
Chegamos incompletos e vamo-nos construindo. Espero partir como versão completa de quem me propuser ser. Hoje tenho uma ideia de quem sou, amanhã quem o saberá?
Recebi avisos sérios da vida e dizia-me ela: - se não corres riscos não te transformas, nem cumpres o teu papel de te tornares essa versão melhor no tempo que te restar.
Aprendi a obedecer-lhe. E a agradecer-lhe. Como ninguém está feliz sempre, aprendi a pelo menos sorrir diariamente. Se me virem sempre feliz significa que os comprimidos estão a fazer efeito…
Agradeço profundamente o meu meio século e a quem mudou a sua rota para cruzar o meu caminho. Hoje um caminho feito sobretudo de letras. Não saberia estar noutro. Mas se mudar amanhã, aceitarei.
Estarei a celebrar os 50 anos, no dia do meu nascimento, a apresentar os traços de uma vida de viagens, de novo em casa, em Santo André e na minha Ítaca. Tento perceber-lhe o significado e se ela não fosse, não teria partido nestas viagens. Que melhor poderia eu pedir?
Como uma sinfonia entre o allegro, moderato, lento, rápido, minueto a nossa vida é uma construção sinfónica.
Dancemos ao ritmo de mudança de caminhos, de quem somos, de quem queremos ser, de nos melhorarmos!

De mão junto ao coração e o sorriso que dele vem. Obrigada.

Regresso a Ítaca. A minha Ítaca. 
As minhas viagens rimam com Ítaca.
Cada palavra deste magnífico e grandioso poema é a minha vida. 
Foi-me oferecido pela minha amiga que percebe tanto de mim 
Isabel Duarte. 
Levei-o para dentro do meu livro. Fica lá eternamente. 
Representa-me para sempre.
Nas apresentações do livro o meu filho 
Guilherme  leu-o e a minha Tê também. Emociona-me sempre. Muito.
Partilho-o aqui e empresto-o ao meu filho 
Francisco  que o queria ler para mim.

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