domingo, 26 de outubro de 2014

Carta a Moçambique,

Porque te amo e desejo que encontres o teu caminho

Sou átomos de todos
todos têm moléculas de mim
Pertenço a tribUs em cada lugar
de cada coração que abraça o meu

Se esta carta ofender alguém, saibam que não respeito a opinião de todos. Porque não respeito as opiniões de quem não quer a evolução da humanidade que só irá acontecer quando não fecharmos os olhos à corrupção, às desigualdades, ao medo. Por medo. E eu, não tenho medo. Porque me resta a dignidade de ser uma cidadã em qualquer parte do mundo, com os olhos bem abertos.
O que tenho a ver com as eleições em Moçambique? Nada. Não sou cidadã com bilhete de identidade, nem cartão de eleitora. E tudo!
Precisamente porque se passam cem, cem anos da primeira Guerra Mundial,devastadora para a Humanidade, comandante em chefe das desigualdades, por disputas entre machos alfa dos territórios do mundo, das fronteiras apetecidas, incluindo as africanas, hoje tenho tudo a ver com as eleições em Moçambique.
Porque sou uma cidadã deste planeta. Porque me preocupo com cada cidadão que é também um átomo de mim. Porque lhe tenho amor e às suas gentes. A Moçambique. Porque lhe devo momentos felizes.
Mas não lhe devo cegueira. Porque vejo. Com os olhos da cidadania. E os olhos de um ser humano consciente, acordado e sem medo.

Em cada território onde os direitos humanos sejam desrespeitados, as desigualdades aumentadas, os proscritos silenciados, abandonados, onde a corrupção for a arma de alimento dos egos dos machos alfa, serei cidadã daquele país.
Segundo leio, há provas da falta de transparência, de agressões, de roubos, de uma fraude sem paralelo nas eleições moçambicanas onde se contabiliza a matemática numa nova ciência, por exemplo: Frelimo:76%, Renamo 46%, MDM 24%. Num universo de 100%...

Um país independente e livre, entregue a si próprio, aos seus naturais, a quem tem que ser por inerência de nascimento e vida.
Mas não é um país livre, está nas mãos de gente que não lhe quer bem, que não o quer livre, transparente e exemplar.
Porque irmãos não podem deixar correr o mesmo sangue nos caminhos já percorridos e nefastos para todos. Para toda a Humanidade.
Urge pedir novas eleições. Urge que quem tem responsabilidades no processo, incluindo a comunidade internacional não silencie o que tem que ser gritado, porque à vista desarmada se manifesta.
Onde aquele que ganhar seja o verdadeiramente escolhido pelo universo dos 100% dos cidadãos eleitores.
Sou cidadã deste planeta que me oferece todos os países para viver. Sem fronteiras. Mesmo que obriguem homens irmãos a derramar sangue para as construir. Altas e de aço.

Não deixes Moçambique, que te tinjam mais da poeira suja de cor sangue. Viva a liberdade num país que desejo livre do cancro com metástases que te sugam a vida.
Que novos caminhos se abram para ti. Aqueles com os quais concordo, como cidadã, e, que todos quiserem em nome da dignidade da vida, dos direitos humanos, da liberdade, da transparência e da tua evolução.


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