domingo, 8 de março de 2015

Todas as mulheres: Mulher e amor


Para um dia qualquer, porque cada dia é dia de cada mulher se amar,
Porque cada dia é dia para homens amarem as mulheres
A tradição não pode continuar a ser feita de véus
que cobrem a falta de amor,
a falta de iguais oportunidades, de direitos.
Direito de sermos árvores com os labirintos intrincados de ramos, folhas, raízes e cascas.
E liberdade de nos fixarmos no lugar onde brota a nossa essência: amor contrário a opressão.
Mulher e amor: um trabalho.
Para o qual não nos candidatámos, não procurámos, não fomos contratados.
Estamos vestidas dessa vida e a ela nos entregamos.
Temos o direito de a viver sem medo de ser mulher. Temos a obrigação de cumprir a vida em liberdade.
Temos o direito de nos sentirmos felizes na casca com que nascemos.
Temos que ensinar os nossos filhos homens que a única tradição que devem cumprir, envolve o trabalho de se unirem no amor pelas mulheres.
Temos que ensinar as nossas filhas que a única tradição que devem cumprir envolve o trabalho do amor por quem somos.
Temos que ensinar as nossas filhas que não nascemos para dar felicidade a nenhum homem. Somos a felicidade para toda a humanidade.
Temos que ensinar as nossas filhas que não nascemos para ser exclusivamente objecto de prazer de nenhuma sociedade, grupo, ou indivíduo. Somos a sociedade. Somos o grupo. Somos indivíduo.
Temos que ensinar que o nosso papel não é de competirmos entre nós mulheres e com os homens, por um trabalho, dinheiro, um lugar de relevo, ou até um amor.

Mulher é amor. É ser nutriente,
É ser sangue fluído,
É ser murmúrio da terra,
É ser cascata de água,
É ser sussurro do vento,
É ser a asa de uma folha,
É ser canto de rouxinol,
É ser luz de narcisos,
É ser brilho de rosa.
É ser una e indivisível

É ser a árvore que alberga todos os ramos.

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