quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Um é mau, dois é demais, fizeram vudu

Imaginem um boneco de fazer vudu: o boneco somos nós. Espetaram-nos alfinetes em todos os órgãos vitais. Mataram-nos e eu sei quem é o assassino. Sigam o rasto do dinheiro e de quem beneficiou com a minha morte.

Novo boneco de vudu morto que representa os artistas coligadores...

Eu, fui riscada da lista dos suspeitos. Não gosto de nenhum nem beneficio em nada com a morte política dos coligadores. 
Não preciso de os matar porque eles espetam-se alfinetes e tiros todos os dias. 

Ao tratarem as vítimas (nós) como crianças tontas incapazes de discernir, dispararam o primeiro auto-tiro, tiro este que acertou na omoplata. 
Com a auto-lobotomização levando-os para o campo da hipocrisia e mentira à desgarrada, mas bem agarrada pelos vídeos no youtube, dispararam a seguir nos próprios pés. O boneco está ferido de morte. 
Os seguintes tiros seguem-se na campanha doentiamente triste e ridícula, de carrapatos agarrados à pele,daqui não saio daqui ninguém me tira...

Beneficiam das circunstâncias históricas, tradicionais,culturais e do medo congénito dos portugueses. Somos uns doces queridos habituados a ser tramados, a nunca pedir contas, imputar responsabilidades, obter condenações e nunca mas nunca ressarcidos. 
Por isso temos estes últimos quatro anos (ou será quarenta?) de venda do país a retalho, entre propriedade do Estado, cérebros nacionais em fuga, destruição da saúde, da Educação, da Justiça, da Economia. 
Sem estas base a casa poderá ter paz e pão? Evidentemente que não!

Todos aqueles que nunca mais vão voltar porque deixaram de ser os doces queridos habituados a ser tramados sem ser ressarcidos, espero que vinguem a morte, nas urnas, dando mais um tiro no boneco. 
Estes puderam fugir desta guerra. E os que não podem? E os que não querem? E os que diariamente se viram do avesso para dar o pouco da vida que lhes resta para mudar e romper com o vudu? 

Vemo-nos governados à cintada grey (violentamente amarrados) através dos mercados, que neste jogo capitalista sem fronteiras para o dinheiro, mas com muros e arame para cidadãos, e, com os cérebros lobotomizados ao comando, beneficiam, e, são sempre ressarcidos pelos cidadãos, como o provam todos os casos dos negócios bancários nacionais. 

O curso deste capitalismo brutal que nos comanda à bruta, inevitavelmente está a virar de rumo, porque já são muitos os que vislumbram alternativas, mesmo que ainda não as verdadeiramente desejáveis para romper de vez com o status quo e privilégios adquiridos dos interesses instalados. Sabemos que existem caminhos. Toda a Europa está a pedir novo rumo: 
-Dívidas investigadas, negociadas, perdoadas, trabalho e salários dignos, rendimento que assegure a dignidade da vida, saúde e educação para todos, uma justiça cega, restituição de soberania e das jóias da coroa e, o regresso à nossa língua sem acordos pornográficos entre outros assuntos. 

Plafonamentos a jusante e outras figuras de estilo do desenvolvimentês a montante, são mais tiros nas coxas perto de zonas sensíveis e irrigadas. Quem diz estas coisas sujeita-se a esvair-se. 
Nada dizem e em nada aproximam as pessoas das áreas vitais.

Onde se vai buscar o dinheiro? Tenho a certeza que ele está aí algures guardado a apanhar sol tropical ou a lambuzar-se em chocolates...
Não me venham dizer que não há ou que será uma desgraça sair do Euro uma opção que deveríamos considerar seriamente.
Maior desgraça que a que vivemos hoje por cá? E num mundo cheio de conflitos mas cheio de dinheiro para pagar munições e bancos?

Todos foram os pais e as mães do filho agora renegado. 
Depois do PEC IV a era da pré bancarrota socrática, de quatro anos de "faroeste" e que nos conduz à canção "quem será o pai da criança" tripartida, Portugal devastado, pode escolher de novo entre algozes e artistas de variedades com a canção do bandido.
A carta agora revelada de PPC na oposição mostra bem o carácter da marioneta e a sua subjugação ao pai "mercados". 
Mercados que mandam, manipulam, beneficiam e são sempre ressarcidos pelos cidadãos e jamais perdem. Não se esqueçam.

A Troika e o governo (pai que doou parte do esperma), chamados a fazer experimentos de lobotomização num campo europeu chamado Portugal, esfregaram as mãos e conseguiram realizar legalmente, o maior truque de ilusionismo de sempre: roubar a carteira, a casa, o país, a família, os bens todos, os anéis e os dedos quase sem protesto, num período dos mais negros da nossa História. E deixar o boneco de vudu moribundo.

Se os artistas pais, ganham de novo, seremos um desenvolvido Burkina Faso com estações de metro bonitas. Quem sabe exportaremos as estátuas de algumas para plafonar a conta da cantina da sopa dos pobres?

A arte de um artista da canção do bandido é mentir de forma convincente. É um mago. Distrai da realidade para fazer o truque sem que alguém se aperceba: cometer o crime.

Imaginem o boneco de vudu: o boneco somos nós e espetaram-nos alfinetes em todos os órgãos. Mataram-nos e eu sei quem é o assassino. Sigam o rasto do dinheiro e de quem beneficiou com a nossa morte. 

Vão dar mais um alfinete ao vosso próprio assassino para vos matar? 
Ou, não será mais inteligente, ao perceber o truque, deixar que ele se golpeie a si próprio acabando por se falecer?!



domingo, 6 de setembro de 2015

Ide bardamerda

" Encheram o céu de bandeiras mas só há duas nações-a dos vivos e a dos mortos" Mia Couto
uma criança de oito anos a disparar uma espingarda
para matar quem o quer matar
uma criança de seis anos a chorar paralisado
um queixo de um adulto que treme e precisa do amparo de uma mão
os morteiros, as balas caiem no jardim,
entram pela janela do quarto
denúncias nascidas de ódio
prisões aleatórias
portos cheios, barcos cobertos
aeroportos com o chão feito de corpos
cobertos de lágrimas, cobertos de poeira feito medo
só resta a dor, o terror,
o vazio
na minha casa, na casa ao lado
na alma de quem tudo perdeu
Este foi o cenário de quem viveu os dramas das guerras civis em Angola e Moçambique em 1974/75 de onde saíram milhões de refugiados de uma guerra que nasceu sem ser querida.
Portugal, pobrete e miserento, sem vontade e rancoroso, teve de receber esta gente sofrida, desamada e desarmada pelos seus países de origem.
Em 1998 na Guiné-Bissau repete-se o cenário. Gente e mais gente,foge da morte que incansável os busca.
De novo Portugal, menos miserento, menos pobrete mas de nariz franzido, acolheu.
Neste mundo com fronteiras e bandeiras criadas pelo homens que nada são de bem, por interesses sobre recursos, interesses geopolíticos, estratégicos, de poder e domínio, só temos uma obrigação como humanos: combater os que não o são e acolher quem precisa.
Ps, não esquecer que Portugal enquanto pôde colonizou, explorou, sacou, pilhou, no mundo onde atracou. Hoje tem milhões de filhos que saíram em busca de vida porque se tornou ainda mais pobrete e miserento. Uma guerra sem armas.
Cabe-lhe sem espernear, à nação portuguesa, abrir as portas a quem dela precisa por razões humanitárias. Como a todos as outras nações de qualquer continente.
Este pedaço foi cuspido como um grito de raiva para contrapor quem pensa que não devemos abrir a porta a refugiados porque não temos condições e porque por cá temos gente a morrer na rua e com fome.
Serei talvez uma delas e com um refugiado divido o meu cartão!
Quem nunca viu a morte bater-lhe na alma com as lentes de uma guerra não sabe do que fala.
Ide bardamerda!