sábado, 28 de novembro de 2015

Sai, sai da minha vida

Lendo as noticias que chegam da Ocidental praia Lusitana, eu, vitima do estado terrorista da coligação, nesta hora de largarem o poder, deixo um grito esganiçado à ex-pàf e ex ministros, que de longe escreveram uma página devastadora de História- da qual me envergonho- na necrologia de um país que venderam, que ficou sem lugar para os que saíram e vazio para os que ficam: 
-vá, não sejam piegas, nem tenham medo de sair da vossa zona de conforto, emigrem (já que não existe a figura da criminalização dos danos de lesa Pátria e outros crimes já prescreveram), aguentem ( a queda ) já que viveram acima das vossas possibilidades. 
E levem o vosso pastor de vacas. Amante da quadra que se aproxima ele e a maria são a fava e o brinde do bolo que ele tanto cospe.

terça-feira, 24 de novembro de 2015

Quem se lixa é a moule

"Foi por milagre que nasci profana", Fausto musico/compositor português
Quarto
 dia de alerta máximo em Bruxelas. Tudo 
​mais
 ou 
​menos 
fechado e o caos começa a moldar-se à pele, medo, insegurança e as questões que se impõe: o que é isto? o que nos ameaça? que fazer? onde e quando vai acontecer? a querer-se instalar na vida das pessoas nesta bela cidade gris. Mas...
Saio à rua e observo os sinais de normalidade por todo o lado e a tranquilidade que nos devolvem alguma cor à imaginação, a nós humanidade.
Porque o ser humano antes de ser um autómato guiado pelo medo é uma alma livre e viva. E inteligente. E isso os psicopatas não entendem. (pertençam eles a governos, grupos fanáticos, braços armados ou outros)
Mas é preciso entender o que nos faz aproximar cada dia do cenário de 1984 de George Orwell. Nem toda gente pode ser enganada ao mesmo tempo e a informação está aí para ser estudada.
Não nos aquietemos com a desinquietação que nos querem fazer engolir. Desinquiete-mo-nos com a manipulação a que nos submetem.
E a Europa tem sido um alvo de venda da sua alma.
Mesmo com sustos que me cortam a respiração e me deixam de pernas trémulas, ainda tenho muita vida para aproveitar. Mas, se me cruzar numa esquina da vida com um desgraçado, também ele manipulado, seduzido e enganado, esquecido pelos Estados, abandonado à sua sorte, onde o tributo que lhe pedem ao crime contra a vida sagrada é a sua própria morte, fazendo-se explodir, então fique a saber que apenas lamento a vossa escolha. Vocês jovens estúpidos, perderam a alma e são também vítimas do caos.
A minha escolha é de ver cair neve hoje e amanhã ver nascer o sol. Se vos der jeito claro. 
Frente a frente as religiões: terrorismo religioso (...) a religião da ignorância e o capitalismo, a religião da ganância. Juntam-se à religião da banalização do mal (teoria de Hanna Arendt) e o resultado é uma vida de pesadelo.
Para ver nascer um novo dia, desculpem lá qualquer coisinha, como andar por aí, mas não deixarei de o fazer. Algum anjo há-de tomar conta. Ou não.
Agradeço a todos os que me inundam de preocupação, beijos, abraços e carinhos. Como diz uma amiga "eu tinha de escolher um sítio para viver com adrenalina". Podia viver sem ela? Poder podia, mas não era a mesma coisa.
Para vos descansar, sabem o que vou continuar a fazer?
Cuidar da vida ou viver com o cuidado possível enquanto me for permitido existir neste mundo bonito com algumas gentes muito feias possuídas pela ideia fantasiosa de que o mundo lhes pertence. Dá dó!
Eu profana, penso apenas numa nova religião/paradigma. Da paz, da inclusão. 
É obrigatório! É o meu dogma​.
Vamos lá rir por favor. E beber umas cervejas acompanhadas de mexilhões enquanto vivemos a aguardar qualquer coisa parecida com a normalidade em guerra. Ou um ataque.


domingo, 15 de novembro de 2015

Guerras deles, mortes nossas

Santas, Ó guerras que de santas nada têm, são como água lançada em óleo fervente onde nenhum ataque é pior que outro 
porque todos são demoníacos e sem santos.
Fazem parte da infeliz e deplorável realidade da Humanidade. 
Como em qualquer bom livro policial siga-se o rasto do dinheiro. Quem quer a guerra, quem as financia, quais os objectivos? Quem beneficia?
Grupos de terroristas profissionais, treinados nas melhores Universidades das guerras, com os recrutas escolhidos a preceito...Quem são os seus mestres?
Não, nada do que parece é! Nada é aleatório, sem origem nem objectivo claro e definido.
No caldo do mundo de multi-religiões
mas sem paz; no caldo do mundo nascido sem fronteiras
mas com infindáveis guerras por territórios; no caldo do mundo com recursos naturais quase infinitos para todos
mas com guerras pela sua posse; no caldo de um mundo diverso e multicolorido mas racista e separatista, qual é o lugar da Humanidade?
Onde aparentemente uma morte num país, num continente vale mais que num outro; no caldo de um mundo que bem vive sem a presença humana, mas onde esta impõe rituais, tradições e superstições, onde cabe a liberdade de escolha?
Há agendas agendas secretas nestas mortes por atacado? Nestas guerras sem contemplações que tiram no presente o futuro de milhares de pessoas?
Desconfio que as há.
E, vêm embrulhadas em papel pardo. Em papel estratégico de desestabilização, mentiras, acordos secretos para controlar pessoas, recursos, territórios, liberdades.
Não sou apenas com uma nacionalidade, sou uma com todos os inocentes que perdem a vida em ataques inqualificáveis.
E sou contra todos os senhores terroristas que defendem valores nos antípodas ao direito à inocência. À vida.
Os inocentes mortos nestas guerras pouco santas, são um pedaço da morte de cada um de nós e um pedaço da morte da inocência em cada um de nós.
A Humanidade, muito pouco civilizada, está sob ataque em todos os ataques em todos os lugares em todas as guerras.
Apenas Amor, Paz, e Bondade a poderão resgatar.
Da minha parte, além de me questionar para lá do que é aparente, sobretudo agradeço a todos os que usando estas armas neste momento, em diversas partes do globo, dão lições desta natureza à Humanidade.

sábado, 14 de novembro de 2015

O coração da humanidade ferido de morte (de novo)

Escolhido o dia mundial da Bondade para espalhar terror e caos 13.11.2015 por gente doente que nada teme, nada tem a perder, nada respeita.

Os europeus, os sírios, os árabes, os sem cor ou credo, de uma só raça, somos todos refugiados e reféns em fuga da mesma guerra: a que é feita por homens doentes, que impõe o medo como forma de fazer ouvir a sua voz. 
Uns procuram encontrar-se com a vida, outros procuram destruí-la. 
A uns ela aguarda, a uns ela sacrifica e a outras ela demencia.
Cubro-me com o único véu que sei vestir. Chama-se paz. Calço-me com os únicos sapatos que me sustentam. Chamam-se bondade.
Como a natureza, sem pressa, cumpre as tarefas que assumiu. E cumpre-as. 
Nós temos uma tarefa a cumprir e África ensina-nos o conceito Ubuntu: só seremos felizes se os outros também o forem, porque somos um.
Não cederei ao medo de entregar o resto da minha liberdade em nome da segurança.
Paz pelas vidas de todos os inocentes que já a perderam e pelos que vivos continuam a usar os dias todos para espalhar bondade.


segunda-feira, 9 de novembro de 2015

"Esperança, do verbo esperançar"

Estou longe, porque também fui obrigada, pela purga a que nos forçaram, desde a imposta austera "crise" de 2008, altura em que os bancos passaram a ser os humanos a salvar, e, os humanos passaram a ser coisas a descartar e fazer falir, mas nunca me desligo da raiz que me coube em destino. a minha Ítaca, Portugal. Acompanho-lhe sempre o caminho como um artista desapegado e bem, acompanha uma obra sua: -quer-lhe saber para onde vai, por onde se aventura ir e quem a quer bem.
Alguns pensam que sou louca por não colocar um padrão de descobrimento e vida em lugar nenhum...
Em todos os que piso, semeio uma árvore, uma planta e celebro um descobrimento: mais um pouco de mim. Comigo carrego os que me tocam. 
Porém, tenho um padrão e esse nunca me abandona: por ser mulher e ainda para mais, portuguesa, ninguém pode abusar, ninguém se atreve a passar o limite da decência quando comigo se confronta. Esses, como-os com prazer aos pequenos-almoços.
A minha bisavó escrava habita em mim. Pisaram-na mas não a dobraram. Eu, mantenho a tradição. De quebrar tradições e nunca me dobrar. Nem que isso me custe o preço de oferecer as costas às vergastadas amarrada a um poste.
Esperanço o dia que o sol vai brilhar, e eu me vou desamarrar e mais uma tradição quebrar.
A tradição foi feita para manter, se tiver na sua essência a bondade, a dignidade, se que respeitar a humanidade.
Todas as restantes são para quebrar em caso de incêndio. Por um lado qualquer se começa qualquer coisa. 
Os homens e mulheres envolvidos na luta actual por um rumo diferente no país, por quebrar tradições, são os extintores.
São os homens que escrevem as suas histórias, que acrescentam tradições, sistemas políticos, económicos e sociais (escravatura foi tradição, apartheid foi tradição, racismo é tradição, o dinheiro é tradição, entre alguns exemplos).
São tempos, e, estamos sempre a tempo, de ter esperança, do verbo esperançar. 
Dos navegadores portugueses, das sufragistas, dos escravos, dos colonizados, dos aventureiros que buscavam vida ao partirem na Companhia das Índias, dos refugiados de todas as guerras que fogem da morte ao encontro da vida, dos novos emigrantes (no caso concreto dos portugueses) todos se encontram com os Adamastores de serviço. Ou com os cínicos, os perversos, os oportunistas que Camões também escreveu. Os que quebraram tradições e dobraram Cabos violentos, foram nossos antepassados. Com muito medo fizeram-se à dobra e chegaram a novos oceanos. Desconheciam o que estava do outro lado, no entanto, nomearam a Esperança do verbo esperançar, como o vela orientadora.
Não sei o que estes homens e mulheres conseguirão fazer. Mas já começaram a mudar algo subtil. Se estão por bem, os ventos conduzi-los -ão a portos fecundos.
Quando temos medo da mudança, fugimos de nos confrontar com ela. Estes homens e mulheres, a partir do medo do desconhecido, abrem caminho à esperança. Abriram as velas e o vento dos tempos que estão a mudar empurram-nos.
A esperança do verbo esperançar começou a mostrar-se uma força, na acampada do Rossio há uns anos atrás. Jovens e jovens mais velhos que não se revêm neste sistema capitalista sem freio. Nem na política corrompida. Nem no sistema de representação obsoleto. Nem numa dívida que não se sabe se onde vem, como veio, porque existe, de quanto, e a quem. 
Ali gritava-se: já não conseguem enganar todos. 
Esta foi a semente da mudança. Eu estava lá e senti um orgulho profundo do meu país e da gente que me deu alma.
Hoje ao ter noticias da minha Ítaca volto a esse estado de espírito. Tenho esperança do verbo esperançar.

A esperança do verbo esperançar vem de Mário Sérgio Cortella um professor que me inspira há muitos anos. Deixo aqui o vídeo que recebi da minha professora de História também ela uma fonte de inspiração ao longo da minha vida.